Sondagem: PS cai pelo quarto mês consecutivo. Chega de André
Ventura apanha PCP
As intenções de voto no PS já caíram 3,5 pontos face às
eleições legislativas e a distância face ao PSD encurtou-se para sete pontos.
Entre os mais pequenos, o Chega ultrapassou o PAN e igualou o PCP. Já o CDS
desceu para a oitava posição.
Manuel Esteves - 30 de janeiro de 2020
Quatro meses depois das eleições legislativas de onde saiu
vencedor mas sem maioria absoluta, o PS continua a perder apoio político.
Segundo a sondagem da Intercampus realizada para o Negócios e CM/CMTV, o PS
recolheria 32,8% dos votos se as eleições fossem hoje, menos 2,8 pontos do que
em outubro e menos 3,5 pontos do que nas eleições de 6 de outubro.
Com o PSD, passa-se o oposto, mas de forma menos marcada. O
partido de Rui Rio tem vindo sempre a subir, mas de forma marginal, somando
apenas um ponto em quatro meses – mas menos dois do que teve nas legislativas.
Em quatro meses, a distância entre os dois principais partidos diminuiu assim
de 10,8 para 7 pontos.
Ainda assim, a imagem de António Costa quer como líder
partidário, quer como primeiro-ministro mantiveram-se intactas em janeiro,
interrompendo a trajetória de descida que se desenhava desde outubro.
Em terceiro lugar na corrida partidária surge destacado o
Bloco de Esquerda, que viu até as intenções de voto subirem de 10,7% para
11,9%. Esta sondagem foi realizada entre 19 e 24 de janeiro, já depois do
partido de Catarina Martins ter anunciado que se absteria na votação da
proposta de Orçamento de Estado do Governo.
Quanto ao PCP, que anunciou a mesma posição sobre a proposta
orçamental, regista agora 6,2% das intenções de voto, contra 6,1% no mês
anterior, mais ou menos em linha com o resultado das eleições legislativas.
Chega iguala PCP, CDS desce para oitavo
A luta pelo quarto lugar está cada vez mais acesa. Segundo
esta sondagem da Intercampus, o Chega chegou em janeiro aos 6,2%, igualando
assim o PCP e ultrapassando o PAN, que desceu para os 6%.
Em sentido contrário vai o CDS, que sofre uma queda abrupta
neste mês, passando de 3,9% para 1,9%, sendo ultrapassado pela Iniciativa
Liberal (2,3%). No entanto, o trabalho de campo desta sondagem foi realizado
antes do congresso do CDS, onde foi eleito o novo presidente, Francisco
Rodrigues dos Santos.
Sem surpresa, o Presidente da República mantém a melhor
imagem (apesar da ligeira quebra), com uma nota de 3,9 (em cinco) enquanto
Parlamento, Governo e primeiro-ministro têm só três.
FICHA TÉCNICA
Objetivo: Sondagem realizada pela INTERCAMPUS para a CMTV/CM
e Jornal de Negócios, com o objetivo de conhecer a opinião dos portugueses
sobre diversos temas da política nacional, incluindo a intenção de voto em
eleições legislativas. Universo: População portuguesa, com 18 e mais anos de
idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal Continental. Amostra: A
amostra é constituída por 619 entrevistas, com a seguinte distribuição
proporcional por Sexo (294 homens e 325 mulheres), por idade (135 entre os 18 e
os 34 anos; 227 entre os 35 e os 54 anos; e 257 com mais de 55 anos) e região
(233 no Norte, 146 no Centro, 167 em Lisboa, 46 no Alentejo e 27 no Algarve).
Seleção da amostra: A seleção do lar fez-se através da geração aleatória de
números de telefone fixo / móvel. No lar a seleção do respondente foi realizada
através do método de quotas de género e idade (3 grupos). Foi elaborada uma
matriz de quotas por Região (NUTSII), Género e Idade, com base nos dados do
Recenseamento Eleitoral da População Portuguesa (31/12/2016) da Direção Geral
da Administração Interna (DGAI). Recolha da Informação: A informação foi
recolhida através de entrevista telefónica, em total privacidade, através do
sistema CATI. O questionário foi elaborado pela INTERCAMPUS e posteriormente
aprovado pelo cliente. A INTERCAMPUS conta com uma equipa de profissionais
experimentados que conhecem e respeitam as normas de qualidade da empresa. Estiveram
envolvidos 17 entrevistadores, devidamente treinados para o efeito, sob a
supervisão dos técnicos responsáveis pelo estudo. Os trabalhos de campo
decorreram entre 19 e 24 de janeiro. Margem de Erro: O erro máximo de
amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 3,9%.
Taxa de Resposta: A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 63,25%.
Fim... da citação !
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