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domingo, 11 de abril de 2021

Criatividade, o quanto baste ....

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Já se está a tornar, monótamo …

 

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Apesar deste enfadonho, e longo caso com contornos, do que de mais ridículo persiste existir ainda em alguma CS, de baixa qualidade … o Blog “A Postura”, não deixa pela sua relevante importância, de “citar” na integra, este curioso artigo da autoria de Carlos Narciso, jornalista do site https://duaslinhas.pt/
Título:  Basílio volta a prometer hospital - 8 de abril 2021
Todos se lembram, certamente, da história de Pedro e o Lobo, a fábula atribuída a Esopo (um escritor da Grécia Antiga a quem são atribuídas várias fábulas populares).
É uma história sobre a mentira.
Pedro era pastor e enganava os outros aos gritos que os lobos tinham atacado as ovelhas.
Divertia-se com as petas que pregava, era um gozão.
Mas, um dia, os lobos atacaram mesmo e quando ele gritou por ajuda ninguém acreditou.
Basílio Horta tem feito algo semelhante.
Já prometeu um hospital para Sintra uma série de vezes. Sempre em vésperas de eleições autárquicas (1) Agora voltou a repetir a graça e veio dizer que desta vez é que é, que a autarquia vai lançar novo concurso público e que, desta vez, o hospital, pelo menos a primeira pedra, lá mais para o verão as obras irão começar. A tempo das eleições.
Depois de várias falsas partidas e de um concurso público falhado, a autarquia sobe a parada para 50 milhões de euros, a ver se alguma construtora vem a jogo.
Em junho de 2018, a autarquia anunciava no seu próprio site que “a Câmara Municipal de Sintra vai pagar na totalidade a construção do Hospital de Proximidade de Sintra, na zona da Cavaleira, no Algueirão, num investimento da autarquia na ordem dos 30 milhões de euros, assim como a cedência de terrenos à Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, com uma área de 60 mil metros quadrados, por um período de 50 anos, renováveis. O acordo de colaboração foi assinado com o Ministério da Saúde e o Ministério das Finanças no dia 26 de junho de 2017, prevendo-se que as obras do hospital possam começar no decorrer do próximo ano, com conclusão prevista para 2021.”  Mas já antes outras datas tinham sido anunciadas. (2).
(1) - Sintra, novo hospital já derrapa em 10 milhões
https://duaslinhas.pt/2020/10/sintra-novo-hospital-ja-derrapa-em-10-milhoes-e/
(2)- O autarca Basílio Horta anda a prometer um hospital novo em Sintra desde há um ror de anos. Numa busca rápida que fizemos pela net, nos últimos cinco anos a promessa já foi utilizada uma dúzia de vezes.
Em 2017 houve eleições autárquicas no dia 1 de outubro.
Um ano antes, em novembro de 2016, Basílio começou a prometer um novo hospital para Sintra.
A promessa foi reafirmada ainda em novembro de 2016. Basílio exibia, então, ao povo que tinha influência suficiente para ir ter com o ministro da Saúde e exigir o novo hospital. Mas ele sabe bem que quem autoriza a construção de um hospital não é o ministro da Saúde, mas sim o ministro das Finanças.
Durante o ano de 2017, à medida que se aproximava a data das eleições, o novo hospital foi usado e abusado na propaganda política do autarca que queria renovar mandato. Por exemplo, em julho desse ano o avençado Sintra notícias publicava que “o novo Hospital de Sintra deverá ser aprovado na próxima segunda-feira e já tem o acordo de Mário Centeno, ministro das Finanças, e do ministro da Saúde.”
Mas já então o novo hospital deixava de ser encargo do Estado para passar a ser encargo da autarquia, segundo o acordo que Basílio teve de assinar com as Finanças.
“Segundo a LUSA”, citava o Sintra notícias, “o documento, a discutir pelo executivo municipal, na segunda-feira, prevê que o município invista 29,617 milhões de euros na “conceção e construção do Hospital de Proximidade de Sintra” e o Estado assuma 21,660 milhões com “aquisição e instalação do equipamento necessário ao seu funcionamento”. “Este acordo é a única forma de tornar realidade a criação de um novo hospital em Sintra, uma necessidade com mais de 20 anos”, disse à agência Lusa o presidente da autarquia, Basílio Horta. Basílio venceu em 2017, com margem mais folgada em relação à eleição anterior. O papel que o novo hospital representou nesse resultado não se pode desdenhar. Foram dois anos a martelar na mesma promessa e as pessoas acabam por acreditar. Mas o hospital não foi construído. Entretanto, passaram mais quatro anos e o novo hospital (que continua por construir) renasce na propaganda do autarca.
Mas, se em 2017 o Governo não tinha condições financeiras para fazer o novo hospital, será que vai ter, agora, com a devastação que a pandemia está a provocar na economia do país?  
As dúvidas são legítimas.
Em janeiro deste ano, Basílio garantia que “neste momento está a ser finalizado o caderno de encargos, estimando-se que o concurso público da empreitada possa ser lançado até ao final do primeiro semestre deste ano”. O semestre terminou sem que o concurso tivesse sido lançado.
Nesse dia de janeiro, Basílio aproveitava a oportunidade de estar reunido o Conselho Estratégico Empresarial para anunciar pomposamente algo que, mais uma vez, não iria cumprir.
Note-se que, na mesma ocasião, a ministra da Saúde apenas se comprometia com médicos e enfermeiros de família: “é meta de o governo implementar medidas de solução, que permitam à população ter médico e enfermeiros de família e a hipótese de ter um secretário clínico nos cuidados de saúde de apoio às equipas multidisciplinares”. Não pronunciou uma única vez a palavra “hospital”.
Há cerca de uma semana, a autarquia anunciou, finalmente, que ia lançar o concurso público para a construção do hospital.
Na lenda de Pedro e o Lobo a “mentira” tem menos repetições.
Se o concurso público se concretizar, se não houver atrasos no processo, talvez Basílio Horta consiga, ainda, lançar a primeira pedra da sua obra. A acontecer, será mesmo em cima da próxima campanha eleitoral.
O investimento agora passou para 40 milhões, segundo se lê na imprensa que cita informações fornecidas pela autarquia.
A obra ainda não começou e já derrapa em quase 11 milhões de euros.
É verdade que já passaram alguns anos desde que foi feito o orçamento da empreitada, mas a inflação tem sido quase nula nestes últimos seis anos.
O que não foi inflacionado foi a dimensão do novo hospital.
Vai ter apenas 60 camas.
Poucochinho dizem os críticos.
Alguns perguntarão, como é possível a imprensa andar sempre a dizer a mesma coisa, a repetir notícias e não questionar a fonte?
Segundo informação publicada no site do vereador da oposição Marco Almeida, a autarquia salta dos 30 milhões iniciais previstos em orçamento para os 50 milhões, depois de um parecer pedido ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) que cobrou 19.500 euros pelo papel. Não se vislumbra, neste processo, a tão propalada eficiência financeira da autarquia.
No SintraNotícias vem o eco das palavras de Basílio Horta. Lá vem o argumento do aumento de preço das matérias-primas, mais a pandemia que tem as costas largas, mas o melhor e, quiçá, mais verdadeiro argumento é o da ganância das empresas construtoras que, sabendo da tal bazuca europeia, decidiram abrir mais a boca. Nas palavras do próprio Basílio, citando o pasquim antes mencionado: “a possibilidade de recebermos a falada ‘bazuca europeia’ pode ter levado as empresas nacionais de construção a rever e subir os preços”.
Sendo assim, as casas da especialidade estão a receber apostas sobre se a primeira pedra será colocada em junho (é a nova promessa) ou se será mais chegado a outubro (mês em que decorrerão as eleições autárquicas).
Para a história fica o orçamento de um hospital que, ainda sem as obras terem tido início, já derrapou em 66% do valor inicial.
A resposta está na qualidade do serviço prestado pela agência de comunicação que trabalha para a Câmara Municipal de Sintra.
Na agência trabalham bem, nas redações já só há uns nabos que nem percebem bem, o que andam a fazer... Fim da citação.
Não percam, os próximos capítulos ...